Acontecimento no evangelho escrito por João capítulo 2.1-12. Foi essa passagem mencionada como o primeiro sinal de Jesus aqui na terra.

Jesus e seus discípulos foram convidados para uma festa de casamento (bodas). Naquela ocasião, também estava sua mãe. Provavelmente os noivos eram conhecidos da família de Jesus porque sua mãe dava ordem aos empregados (João 2.5).

Naquela festa faltou algo que não podia de forma alguma acabar, o vinho. Vinho simboliza alegria, ou seja, enquanto se tinha vinho, os convidados se divertiam. Diante disso Maria, vai até Jesus e diz: “Não têm vinho” (João 2.3).

Jesus responde: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (João 2.4).

Sua mãe, então, chama os empregados e fala: “Fazei tudo que Ele vos disser” (João 2.5). Jesus, então, observa ao seu redor e vê que tinha ali seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus.

Jesus pede para encher as talhas de água e, ao término, levarem ao mestre-sala (João 2.7-8). O mestre-sala era aquele que comandava a festa, organizando tudo para não ocorrer nada errado.

Provando esse a água que diante dele chegou transformada em vinho, exclama dizendo: “Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já tem bebido, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho!

Essa é a festa que Jesus está, não falta vinho de forma alguma. Quando estamos no mesmo lugar que Jesus, nossa alegria fica completa, nossa felicidade é maior com Ele. Com esse evento, Ele principiou seus sinais e manifestou a sua glória, fazendo seus discípulos crerem n’Ele (João 2.11).

O manto da noite caía de leve sobre a paisagem de Cafarnaum e Jesus, depois de uma das grandes assembleias populares do lago, se recolhia à casa de Pedro em companhia do apóstolo. Simão, no entanto, ia pensativo como se guardasse uma dúvida no coração.

 

Inquirido com bondade pelo Mestre, o apóstolo esclareceu:

– “Senhor, em face dos vossos ensinamentos, como deveremos interpretar a vossa primeira manifestação, transformando a água em vinho, nas bodas de Caná? Não se tratava de uma festa mundana? O vinho não iria cooperar para o desenvolvimento da embriaguez e da gula?”

Jesus compreendeu o alcance da interpelação e sorriu.

 

– “Simão, conheces a alegria de servir a um amigo?” Pedro não respondeu, pelo que o Mestre continuou:- “As bodas de Caná foram um símbolo da nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem o da alegria com que desejo selar a existência do Reino de Deus nos corações. Estou com os meus amigos e amo-os a todos. Os afetos d’alma, Simão, são laços misteriosos que nos conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa afeição, proporcionando aos nossos amigos o máximo da alegria; seja o nosso coração uma sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que os reconfortem, nunca contaminemos a fonte de sua simpatia com a sombra dos pesares! As mais belas horas da vida são as que empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as satisfações íntimas.”

 

E, com o olhar absorto na paisagem crepuscular, onde vibravam sutis harmonias, Jesus ponderou, profeticamente:

– “O vinho de Caná poderá, um dia, transformar-se no vinagre da amargura; contudo, sentirei, mesmo assim, júbilo em sorvê-lo, por minha dedicação aos que vim buscar para o amor do Todo-Poderoso.”

 

Simão Pedro, ante a argumentação consoladora e amiga do Mestre, dissipou as suas derradeiras dúvidas, enquanto a noite se apoderava do ambiente, ocultando o conjunto das coisas no seu leque imenso de sombras.

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