“Saulo, Saulo, porque me persegues?”

A luz que se irradiava daquele que o interrogava fê-lo sentir o poder e o

amor que vibrava, abençoando.

“Quem sois?”

Pergunta Saulo, que às Portas de Damasco procura por Ananias, o cristão

que o desafia com missão salvacionista.

“Sou Jesus a quem buscas”.

Envolto na luz divina que o acolhe com o amor da compreensão divinal

Saulo percebe a grandeza autoritária no amor Maior. E, de joelhos como estava pelo impulso do cavalo que se “assustou” com a vibração da presença divinal de Jesus:

“Que queres que eu faça Senhor?”

Esta pergunta contém todo o conhecimento conquistado através de inúmeras encarnações, nas lutas de cada século aprimorando-se para a compreensão de si mesmo; retendo no Espírito as experiências de cada momento de sua trajetória existencial.

É uma pergunta de quem conhece a quem interroga, de quem cansado de lutas construtivas no cumprimento do dever, alcançando postura humana, postura digna de lealdade e justiça no cumprimento das leis que lhe foram indicadas pelos profetas de sua crença atual.

Na presença da Verdade, imantando-se da luz celeste que o fez, em um segundo, reconhecer todo amor do Criador que envolvia desde sua criação. Todo amor que representava o Cristo de Deus que ampara a humanidade.

Muitos de nós, na humanidade terrena, pronuncia-se inadequadamente: “Só vendo para crer…”, pensando ser preciso que Jesus lhe apareça como aconteceu com Saulo. Acontece que, estes tais, não têm a vivencia espiritual de um Saulo, não têm, portanto, em si a grandeza moral para sequer entender as simples lições do Mestre Jesus.

O trabalho de Saulo inicia-se imediatamente. A compreensão é total sobre a Verdade que deseja seguir. Ele estava preparado. Com o nome de Paulo seguiu pelas rédeas do Cristo a trajetória da divina existência.

Jacira Cruz

Nosso Jornal Eletrônico
Ano 06, número 38 junho de 2018. E-mail: nossojornal.jacira@uol.com.br